Ticker Daisypath Anniversary tickers

Oi gente! Tenho 24 anos, sou casada a 3 anos. Eu morava em Recife-PE, e em agosto de 2006, conheci meu esposo por email de celular, e em dezembro do mesmo ano, vim para Florianópolis, com a cara e a coragem, e estamos juntos até hoje, e se Deus permitir, até a eternidade...
Em Janeiro/2007, descobrimos que estávamos grávidos... Foi uma felicidade só... Mas eu tinha acabado de entrar em um emprego...Nós como "marinheiros" de primeira viagem, não sabíamos o que fazer... Ai eu acabei falando para o meu chefe, e ele não soube dizer o que aconteceria comigo...E assim foi passando... Curtíamos a cada dia mais a nossa gravidez...
Comecei a fazer o pré-natal, a fazer todos os exames e sonhando como seria o nosso bebê... Quando eu completei dois meses de experiência, eles me chamavam e disseram que não podia ficar comigo... Nossa! Meu mundo caiu... Eu me imaginava, grávida, desempregada, morando em uma quitinete e só o meu esposo trabalhando... Foi um sentimento de impotência...
Ai, eu fui atrás do ministério do trabalho, eles disseram que a empresa podia fazer isso, pois eu estava na experiência. Nossa, mas nem o ministério do trabalho podia fazer algo por mim... Eu não podia fazer mais nada!
Mas, 15 dias depois que eu fui colocada pra fora do trabalho, começou a descer uma borra de café, e comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte, que não conseguia nem ficar em pé... Fui à emergência, fiz exame de toque, e o médico disse que eu estava com o colo fechado e que aguardasse...Mas as dores de cabeça continuaram e a borra mais forte ainda, que chegava a passar do absorvente...
Porém, eu não sentia dor nenhuma... No outro dia fomos novamente à emergência e tivemos que marcar uma consulta na parte da manhã, para ser atendida a tarde... Estávamos sozinhos aqui, a minha família em Pernambuco, e a dele no oeste de Santa Catarina...À tarde, me mandaram fazer um ultra, e a moça que fez não me quis falar nada, e disse que a médica conversaria comigo... Até então, eu tinha ficado feliz, pois tinha visto pela primeira vez meu bebê pelo Ultra...
Pois assim eu soube, que não tinha só uma placenta vazia, porque o meu medo era estar grávida e só ter a placenta, como em tantos casos agente vê por ai...Mas, eu não sabia o que estava por vim...
Quando a médica viu o exame, e nos disse que o nosso Bebê estava morto, o nosso mundo caiu...Mas ela não entendia, porque eu não estava sentindo dor nenhuma... Só um incômodo como se fossem gases... Mas ela decidiu não internar, e pediu pra gente fazer outra ultra... E saímos de lá e fomos pra casa...
Meu esposo foi trabalhar e eu fiquei em casa, se acreditar que aquilo estava acontendo comigo...Mas as dores, que até então eu não tinha sentido, começaram a vim muito fortes...A minha vizinha e meu esposo me levaram para a maternidade, e dei entrada para aguardar para fazer a curetagem... Gente, como a dor é imensa... Parece que não vai caber dentro da gente!
As enfermeiras me deram um medicamento para expulsar, pois eu continuava com o colo fechado... De repente eu sentir como se estivesse expulso algo e a dor findou... A noite foi tão longa, e meu esposo sempre fiel, ali do meu lado, me auxiliando...Sempre chegando, outras meninas para terem seus bebês...
Aquela noite parecia que todos os bebês do mundo estavam nascendo naquela maternidade... O dia amanheceu e fui levada para faze curetagem, já que o aborto tinha sido retido... Meu bebê tinha morrido com dois meses e meio...
Depois acordei na sala de recuperação... E quando olhei no meu redor, tinha inúmeras mães com seus bebezinhos, e eu ali sem o meu... Um vazio tomou conta de mim... E tentei esconder as lágrimas que teimavam em escorrer... Foi um sentimento que eu nunca tinha sentido...
Passei dois dias internada, e quando sai de lá, olhei para trás e com aquele sentimento de que tinha ficado algo para trás...Chegando em casa, foi a prova de tudo que tinha acontecida, encarar a realidade e levar a vida pra frente... Nesse mesmo momento eu ganhei um cachorrinho, o Rinty, ele nos ajudou a encarar os fatos e a não sentir tanto este fato...





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